Vício, a conhecida corrente de restauração especializada em smash burgers, tem dado o salto ao mundo da moda. Pode que seja algo pontual e momentáneo, mas o caso é que a assinatura apresentou uma colecção de roupa em Scrapworld , uma feira de roupa urbana que se celebra a cada ano em Madri.
Com este movimento, Vício (que presume de ser a corrente que envia a hamburguesa mais rápida de todo o delivery) quer estreitar sua relação com seu público, maioritariamente jovem e com gosto pelas campanhas de marketing atrevidas, como já se viu com a de Jessica Goicoechea. Ademais, sempre tem sido uma companhia com uma marcada preocupação pela estética, de modo que este passo resulta bastante coerente com sua estratégia.
Como se compravam as prendas de Vício
Mais especificamente, a colecção cápsula, de edição limitada, podia-se adquirir através dos códigos QR que levavam pendurando os mais de 50 modelos de Vício que desfilaram pela feira o passado 14 de abril, que iam ataviados com um chocante uniforme entre militar e futurista. E a acolhida foi muito boa: muitas prendas esgotaram-se.
O drop está formado por uma t-shirt com uma frase irónica, um balaclava (uma sorte de pasamontañas que cobre a cabeça e o pescoço) e uns calcetines que podiam comprar ao momento.
O estilo de Vício
"Há algo que temos todos em comum: oferecer algo que vai bem mais lá de encher estômagos. Isto é uma experiência gastronómica. Muito digital. Muito amante. Muito canalla", proclama Vício em seu site. Seguindo estes princípios, a marca criou um espaço industrial onde mais de 3.000 pessoas puderam provar as burgers e adquirir as prendas da nova colecção. Esta proposta única oferecia aos assistentes uma experiência que trascendía o gastronómico.
"Vício converteu-se na primeira marca do evento que tem recreado um show em movimento pelo que poder comprar as prendas da colecção in-situ através de sua e commerce geolocalizado", descreveu a marca num comunicado.
"Entender a cultura da gente"
"Eu acho que fazemos um exercício de ligar com a audiência e de entender a cultura da gente e estar na cultura do país. Se gosta a Velada do Ano [de Ibai Planos], pois vamos ver que fazemos. Ou se gostam do futebol feminino ou a música, toda a música mais underground, pois temos que estar aí", explicou María Cerdán, directora criativa de Vício, a Consumidor Global numa entrevista.
"Nós o que fazemos é um estudo de que faz a gente, que gostam, onde queremos estar e a partir daí fazer de coisas relevantes para eles", acrescentava Cerdán.