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Reclamar nas rebajas: 15 práticas ilegais que podes denunciar, segundo Facua
Trata-se de umas irregularidades que os utentes podem denunciar na autoridades de protecção de consumidores
As rebajas já têm começado e com elas chega um período de promoções e ofertas que muitos consumidores aproveitam. No entanto, durante as próximas semanas há que ter especial cuidado porque baixo as atraentes ofertas podem se esconder algumas práticas ilegais que afectam aos utentes. É por isso que os consumidores devem se manter alerta e ser conscientes das principais estratégias que se levam a cabo para pôr em práticas algumas fraudes.
Facua-Consumidores em Acção tem elaborado uma lista das 15 práticas ilegais que têm lugar durante as rebajas. Umas tomaduras de cabelo que não só afectam à confiança dos consumidores, também a seus bolsos e à competitividade do mercado.
15 práticas ilegais nas rebajas
Durante as rebajas, alguns estabelecimentos cometem irregularidades que prejudicam às compras dos clientes. Desde produtos rebajados escondidos nas lojas até ofertas de 70% que, em realidade, só se aplicam a uns poucos artigos. No entanto, a maioria destas práticas ilegais podem ser denunciadas pelos internautas através de autoridades de protecção de consumidores.
Em qualquer caso, o melhor é evitar cair em algum destas fraudes. Para isso, a citada associação detalha 15 práticas ilegais levadas a cabo pelos comércios:
1. Cartazes que anunciam rebajas: muitos deles ocupam mais espaço na loja que os produtos que estão rebajados. Cabe recordar que o regulamento põe como requisito que ao menos a metade dos artigos tenham descontos para poder publicitar que uma loja está de rebajas.
2. Venda de produtos usados: "quando te dispões a instalar em casa a consola de videojuegos que tens comprado, te dás conta de que tem dentro um disco", ejemplifica Facua.
3. Roupa rebajada que anteriormente não se vendia nessa loja: há estabelecimentos que compram produtos para os comercializar exclusivamente durante esta temporada de descontos e, ainda que contem com promoções, o verdadeiro é que não está rebajado.
4. Produtos rebajados muito escondidos na loja: a cada vez mais comércios alongam o período de rebajas até dois meses, pese a que lhes fiquem muito poucos produtos rebajados. Ao menos a metade dos artigos deve estar sujeitos a ofertas para poder anunciar rebajas.
5. Devoluções que não se admitem em rebajas: "quando um produto está defeituoso e não se vende como saldo informando da tara, o consumidor sempre tem direito a que lho consertem ou substituam por outro igual. Se não pode se consertar e não fica nenhum, devem te devolver teu dinheiro", detalha a associação.
6. Garantia de um ano: muitos comércios informam aos utentes que os electrodomésticos comprados em rebajas estão sujeitos a um ano de garantia. Pois bem, isso não é assim. A garantia é de três anos e de um ano para os produtos de segunda mão.
7. Não aceitam pagamentos com cartão: sempre que na entrada do comércio tenha um cartaz com os logotipos de Visa, Mastercard, American Express.... significa que sim aceitam o pagamento com cartão sem importar o tipo de artigo.
8. Rebajas de 70% para uns poucos produtos da loja: normalmente, estes cartazes vão acompanhados da palavra até junto ao reclamo de 70%. Segundo Facua, isto é publicidade enganosa.
9. As rebajas de 70% não existem: "a desculpa desta vez é que tiveram algum artigo com esse desconto quando começaram e agora é um trabajazo tirar essa lona publicitária gigante da fachada do comércio e cancelar todos os anúncios em vallas, imprensa, rádio e televisão por um detallito sem importância", sublinha a associação.
10. Sem preço rebajado: muitos utentes aproveitam as rebajas para devolver algum produto que lhes presentearam em Natal. Os comércios advertem que se se devolve um artigo comprado em Natais não podem voltar a comprar com seu preço rebajado. "Por que não lhes perguntas que lei to proíbe?", propõem desde a organização de consumidores.
11. De 69,99 euros a "sozinho 69,95". Certamente, a lei não impõe qual deve ser a percentagem mínima de desconto mas o verdadeiro é que algumas ofertas só descuentan uns poucos céntimos. É por isso que é melhor não cair neste tipo de promoções.
12. Só admitem devoluções para produtos não rebajados: desde que não tenha um cartaz visível que advirta aos clientes desta política, o estabelecimento em questão deve manter o mesmo regulamento que o resto do ano.
13. Produtos rebajados e não rebajados juntos: trata-se de uma táctica para transladar a sensação de que a zona de rebajas do estabelecimento é maior e, ademais, alguns utentes picam achando que os preços que marcam todas as etiquetas têm já uma percentagem de desconto.
14. Falsos descontos: outra prática comum é subir os preços dos produtos dantes de que comecem as rebajas e, assim, depois podem rebajarlos anunciando uns chollos que não deves deixar escapar. No entanto, segundo a lei, o preço antigo que tem de aparecer junto ao rebajado deve ser o mais baixo de todos os aplicados sobre produtos idênticos nos trinta dias precedentes.
15. Um vale de compra: se queres devolver um produto rebajado porque tem um defeito, os comércios têm a obrigação de dar-te outro artigo exactamente igual ou, em seu defeito, o dinheiro.