0 comentários
Lola Casademunt: "Uma prenda que fica no armário sai carísima, por muito barata que seja"
A desenhadora Maite Casademunt explica-nos em que se inspirou para sua última colecção, apresentada em 080 de Barcelona
Quando uma pronuncia seu nome, poucos são as que não a conhecem. Falamos de Lola Casademunt. Seus 40 anos de história e suas llamativos desenhos têm convertido marca-a catalã num referente da moda espanhola e o luxo acessível. Dentro e fora de nossas fronteiras.
Os estampados como o animal print, as cores fortes e primários bem como a logomania é o rasgo distintivo de Maite Casademunt. A desenhadora tem querido seguir o legado de sua mãe e fundadora da assinatura, Lola, quem começou fazendo complementos para o cabelo de forma artesanal.
Retro e contemporâneo, o selo de sua última colecção
Consumidor Global tem tido a oportunidade de entrevistar à Directora Criativa de Lola Casademunt, a mismísima Maite. Aproveitando a 080, temos-nos colado no backstage para charlar com a empresária sobre a colecção que apresenta neste evento. Entre teias, modelos, costureras e nervos, Maite atende-nos no camerino da marca onde está tudo quase pronto para o desfile.
Os desenhos têm seu selo: cores vibrantes, prendas com volumes e atrevidas banhadas em tons fortes como o azúl eléctrico, vermelho, verde ou fúcsia. Uma colecção inspirada no Pop Art dos anos 60, tal e como nos explica Casademunt. "Funde moda e arte", acrescenta.
A 080: um trampolín
A empresária e desenhadora não esconde o orgulho que sente por estar em 080. Não só porque é a semana da moda que se celebra em Barcelona, sua cidade natal. Também pelo impacto internacional que tem este evento.
"Dá-te muita visibilidade. É um trampolín alucinante. Barcelona está resurgiendo, há estrangeiros por todas partes. É uma cidade que está espectacular", sustenta.
De volta às origens
Tendências como os volumes ou o animal print são o eixo central dos desenhos de Maite Casademunt. "Encontrei-me em plena moda de um animal print que nós levamos anos trabalhando. Veio-nos a nós a moda ou igual é que a estamos a marcar e não o sabemos", conclui.
O que também está de volta é o artesanato. A própria desenhadora reconhece que a marca tem vivido uma época afastada do artesanal mas o recuperaram. "Vamos procurar mais esse momento delicado, de melhores tecidos e detalhes. Pôr-lhe mais tempo e qualidade ao produto para convertê-lo em mais premium", confessa.
Gastar pouco mas bem
Como não podia ser de outra maneira, uma das perguntas para Maite Casademunt é se há que investir muito dinheiro para vestir bem. Uma questão à que responde que a chave é "investir bem". "As coisas que não te pões saem carísimas, por muito baratas que sejam. Quando a prenda fica no armário, é a mais cara do mundo", acrescenta.
Pôr-lhe cabeça e que a prenda contribua algo à cliente é outro conselho da desenhadora. Ainda que Maite reconhece que sempre é da equipa more is more, quando se trata de priorizar a qualidade de prendas, menos é mais. Isto é, melhor menos quantidade mas mais qualidade. "Não faz falta que estreies uma prenda a cada semana mas que o que tenhas te contribua segurança", limpa.
Prendas com muita personalidade
Como é uma mulher Lola Casademunt? "Sempre digo que estamos à pink, à punk e à power", responde Maite. A primeira é como "muito feminina, à que gosta de cuidar muito os detalhes". A punk é "a rebelde que não quer que ninguém lhe diga como se tem que vestir". E a power? A empoderada.
Mas dá igual qual sejas de três perfis, para Maite "somos a mesma". "O importante é pôr-se a cada prenda quando toca. Não faz sentido que vás de animal print e estejas depresiva. É questão de atitude, de ser feliz com o que levas e que transmitas segurança", conclui.
Desbloquear para comentar