0 comentários
"É exactamente igual": uma desenhadora estoira ao comprovar que Zara lhe tem plagiado um modelo
Este caso sublinha a necessidade de um equilíbrio entre a acessibilidade e o respeito pela criatividade individual
Num mundo onde a moda rápida se converteu em sinônimo de tendências ao alcance de todos, a linha entre a inspiração e o plagio se voltou a cada vez mais difusa. Nesta semana, a desenhadora Marta Escalante Vara tem acendido as redes sociais com uma acusação directa contra o gigante da moda Zara, alegando que a marca tem copiado um de seus desenhos.
A controvérsia surgiu quando Escalante Vara, fundadora da marca Mar Salgada, compartilhou um video em TikTok mostrando seu desenho original junto a uma prenda muito similar de Zara. "É exactamente igual, mesma teia, mesmo padrão, meu desenho", afirmou a desenhadora em sua publicação, que rapidamente se viralizó.
A falta de inspiração
Mais especificamente, "com a mesma teia e o mesmo desenho", a profissional assinala que Zara tem copiado um macaco de sua colecção para bebés. O impacto de tais acusações vai para além do dano à reputação de uma marca. Põe em relevo a luta dos desenhadores independentes por proteger sua propriedade intelectual em frente a conglomerados de moda que têm o poder de masificar um desenho em matéria de semanas.
@holacuore QUANDO @ZARA copia um modelo exactamente igual , mesma teia , mesmo patron meus desenho . Choro fortemente….#greenscreen ♬ som original - Marta Escalante Vara
Muitos utentes têm expressado seu apoio através das redes sociais e chamando à responsabilidade ética na moda. Outros, no entanto, avisam que já tinham visto esse mesmo desenho em anos anteriores. No entanto, a situação propõe perguntas importantes sobre a originalidade e a autoria numa era dominada pela reprodução rápida e a disponibilidade global.
Os direitos dos criadores
Enquanto, Escalante Vara tem recebido uma onda de apoio, não só em defesa de seu desenho senão também como reconhecimento a sua marca Mar Salgada. Este incidente poderia servir como um ponto de inflexão na conversa sobre os direitos dos criadores na indústria da moda, e possivelmente, impulsionar uma mudança para práticas mais sustentáveis e éticas.
A moda rápida tem democratizado o acesso às tendências, mas este caso sublinha a necessidade de um equilíbrio entre a acessibilidade e o respeito pela criatividade individual. A história de Escalante Vara é um lembrete poderoso de que por trás da cada desenho há uma história, um processo criativo e, o mais importante, um criador que merece reconhecimento e protecção.
Desbloquear para comentar