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O salário médio, o mais frequente e as armadilhas da estatística
A interpretação literal dos dados, às vezes, pode dar lugar a conclusões contraproducentes, o que é especialmente grave quando se utiliza em análise dos salários dos cidadãos
Há pessoas que dizem que há armadilhas pequenas, médias grandes e as de estatística. Pois não, a estatística não nos faz armadilhas, simplesmente o que sucede é que não a sabemos interpretar bem. Uma interpretação literal é às vezes completamente contraproducente. Um exemplo: o salário.
Temos três medidas: a média, o que cobra a espanhola média; o salário modal, que é o mais frequente, isto é o que cobra uma maior parte da população; e em terceiro lugar o médio, que é o salário que tem um 50% que cobra mais que ele, e um 50% que cobra menos que ele. O meio engana. Algum de vocês vos achais que em 2010, 2011 e 2012 o salário médio subisse, como dizia a estatística? Pois sim, a estatística disse que subia, porque os que cobravam menos tinham ido ao desemprego, e portanto sobe a média. Mas não se enganava.
Algum pensa que tem baixado muito o salário mais frequente entre 2021 e 2022? Pois tem baixado bastante porque agora se têm em conta o que seriam os fixos descontínuos. E, em consequência, baixa muito porque estes não trabalham todo o ano, sina uma parte do ano.
Por isso o que eu gosto mais é do salário médio.
Qual achais que é o salário de referência em Espanha? E vou considerá-lo neto. 1.305 euros em 2022. Indiscutivelmente, como podeis ver, em Espanha, seus empresários, pagam muito mau aos trabalhadores, porque com esse salário é praticamente impossível que uma pessoa possa viver sozinha nas grandes cidades do país.
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