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Ranking: as cidades espanholas nas que se pagam mais impostos locais

Das 50 capitais de província analisadas, em 24 delas os residentes pagaram mais que a média, enquanto nas outras 26 pagaram menos

Ana Carrasco González

las ciudades españolas en las que se pagan más impuestos locales UNSPLASH

Um novo relatório sobre a fiscalidad local em Espanha revela as diferenças significativas na quantidade de impostos que os cidadãos pagam dependendo da cidade na que residem. Segundo o estudo titulado como Panorama da fiscalidad local 2024, em 2023, um cidadão média pagou 705 euros em tributos locais, ainda que esta cifra pode variar consideravelmente entre diferentes capitais de província.

Das 50 capitais de província analisadas, em 24 delas os residentes pagaram mais que a média, enquanto nas outras 26 pagaram menos. As conclusões do estudo incluem detalhes sobre os tributos e taxas que compõem os rendimentos das prefeituras, bem como a eficácia recaudatoria da cada cidade.

Em que cidades se pagam mais impostos? E menos?

Madri lidera o ranking das cidades onde se pagam mais impostos locais, com uma média de 1.001 euros por habitante, superando por ampla margem a média nacional de 705 euros. Seguem-lhe outras capitais de grande tamanho e relevância económica como Barcelona, onde os cidadãos desembolsan 978 euros anualmente. Outras cidades onde os residentes suportam um maior ónus tributário incluem Tarragona (917 euros), Girona (901 euros), Toledo (874 euros) e Soria (864 euros).

Dinheiro / FREEPIK

No lado oposto do espectro, Pamplona é a cidade na que menos se pagam impostos locais, com sozinho 435 euros por habitante. Jaén, Badajoz, Cáceres, Alicante e Córdoba completam o grupo das capitais de província onde os cidadãos pagam menos impostos, com cifras que oscilam entre os 492 euros e os 563 euros.

Principais fontes de financiamento local

O estudo também examina em profundidade as fontes de rendimentos municipais, sendo o Imposto sobre Bens Inmuebles (IBI) a principal fonte de financiamento para as prefeituras. Este imposto obrigatório representa o 66% dos rendimentos por impostos locais e grava a titularidade de bens inmuebles urbanos, rústicos e de características especiais. Ainda que todas as prefeituras devem o aplicar, têm certa capacidade normativa para ajustar seu tipo impositivo dentro de umas margens legais.

Madri é também a cidade que mais arrecada através do IBI, com uma média de 470,6 euros por habitante, enquanto Pamplona se situa no outro extremo, com 164,4 euros por habitante.

Outros impostos locais relevantes

O Imposto sobre Actividades Económicas (IAE), que grava o exercício de actividades empresariais, profissionais e artísticas, representa só o 8% dos rendimentos municipais, devido em grande parte às numerosas isenções disponíveis. Sevilla encabeça a arrecadação por este tributo com 68,7 euros por habitante, em contraste com Jaén, que arrecada só 10,4 euros por habitante.

O Imposto sobre Veículos de Tracção Mecânica (IVTM), que grava a titularidade de veículos, contribui com um 11% dos rendimentos municipais. Este tributo pode variar segundo as tarifas que a cada prefeitura estabeleça. Ademais, o Imposto sobre Construções, Instalações e Obras (ICIO) e o Imposto sobre o Incremento de Valor dos Terrenos de Natureza Urbana (IIVTNU), também conhecidos como impostos de obras e plusvalía municipal respectivamente, seguem sendo fontes importantes de financiamento, ainda que com um peso menor em comparação com o IBI.