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Nem os alimentos nem o transporte: isto é o que mais tem subido de preço no último ano
A moradia tem-se encarecido um 4% em 12 meses, e a cesta de compra segue ao alça, ainda que de forma algo mais moderada
A sensação de que tudo é a cada vez mais caro está, por desgraça, muito estendida entre os consumidores espanhóis. Neste mês de setembro, a inflação tem caído ao 1,5%, o dado mais baixo em três anos e meio, mas têm sido muitos meses seguidos de incrementos que têm erosionado as finanças dos lares, apesar de que os dados macroeconómicos desenhem uma realidade diferente.
O grupo conformado por alimentos e bebidas não alcohólicas, por exemplo, tem experimentado um incremento de preço de 2,5% no último ano. Assim o refletem os últimos dados do IPC publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que também recolhe uma queda interanual de 1,3% no preço dos transportes (uma boa nova que se explica por certa queda da actividade) e um alça de 3,6% no custo das bebidas alcohólicas e o fumo. Más notícias, por tanto, para os bebedores e os fumadores.
Quanto sobe o preço nos supermercados
Convém recordar que, durante o ano 2023, a grande distribuição teve motivos para sorrir: o ticket médio nos supermercados se encareció um 8%, segundo um estudo de in-Store Média publicado no passado mês de abril. Ademais, o cliente gastava mais por levar-se menos artigos a casa, já que o número de cestas de compra-a manteve-se estável.
Se faz-se zoom para atrás para ampliar a gráfica, a situação torna-se ainda mais dramática: a cesta era em abril de 2024 um mais 38% cara que no mesmo ano de 2021, segundo a Organização de Consumidores e Utentes (OCU).
A hotelaria, o que mais se encarece
Com tudo, os que mais têm subido seus preços no último ano, segundo o INE, têm sido os hosteleros: o segmento formado por 'Hotéis, cafés e restaurantes' tem subido de preço um 4,6%.
Reservar uma habitação de hotel, por exemplo, era este julho um mais 9,1% caro que 12 meses atrás, segundo o relatório Ttenho Hotel Pricing Outlook elaborado por Simon-Kucher. Nesta linha, A Informação cita dados da agência viajes on-line Destinia e desvela que neste mês de setembro o preço por pessoa e noite tem subido um 19% com respeito ao ano anterior. Todas estas cifras evidencian que se ir de férias, realizar uma escapada ou simplesmente sair a cenar fora se está a pôr pelas nuvens.
Incremento do preço da moradia
O segundo que mais tem subido depois dos hotéis e os restaurantes tem sido a moradia: o INE fala de um incremento interanual de 4%. Mais especificamente, segundo Tinsa, o preço médio da moradia nova e usada em Espanha situou-se já em 1.804 euros por metro quadrado.
Quanto às zonas mais caras, a Sociedade de Tasación detalha em seu Relatório de Tendências do Sector Imobiliário que a Comunidade de Madri regista, um trimestre mais, o preço unitário mais alto de Espanha, superando a barreira dos 3.000 euros por metro quadrado, cifra que não atingia desde junho de 2009.
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