Com a baixada das temperaturas, já são muitos os lares espanhóis nos que se acendeu a calefacção, o que pode implicar surpresas desagradáveis nas facturas. Neste sentido, segundo uma análise de Roams, os lares que tenham sistemas de calefacção com gás natural pagarão em media 406,22 euros durante este inverno (isto é, para o período que compreende desde mediados de novembro até mediados de março).
Por sua vez, os lares que utilizem sistemas elétricos para obter calor pagarão uma média de 288,31 euros.
Despesas por consumo
Agora bem, tal e como especificam desde o comparador, esta cifra corresponde à despesa por consumo unicamente em calefacção, o que implica que não se têm em conta termos fixos que se incluem na factura como a potência contratada (no caso da electricidade) ou as portagens de acesso (no caso do gás).
Roams tem realizado estes cálculos a partir dos preços médios atuais de ambos serviços tanto no mercado livre como no regulado e os últimos dados disponíveis sobre consumo energético extraídos de SPAHOUSEC do Idae.
Quem gastarão mais
Como é evidente, o tipo de moradia e a zona climática influem muitíssimo no consumo energético e, por tanto, também a despesa. Assim, segundo Roams, as moradias unifamiliares da zona continental (que compreende o centro da Península Ibéria, a Depressão do Ebro, ambas Castillas, Extremadura e Navarra) são as que mais esforços terão que realizar este inverno.
Em mudança, os andares da zona atlántica (Astúrias, Cantabria, parte de Galiza e parte de Canárias) gastarão quase um menos 75% em gás natural e um menos 70% no caso do aquecimento eléctrico. Os que menos investirão em calefacção serás os residentes em andares e moradias unifamiliares da zona mediterránea, que gastarão em media entre um mínimo de 140,07 euros e um máximo de 443.
Subida do preço da luz
Também há que ter em conta, tal e como explica Sergio Soto, experiente em energia de Roams, que o preço da electricidade tem aumentado dos 70,4€/MWh que teve em media em outubro a uma cifra que supera em media os 100€/MWh neste mês de novembro.
Estes incrementos são similares aos registados em anos anteriores, e explicam-se por "um aumento da demanda habitual em meses mais frios e, ainda que espera-se uma estabilização, o preço da luz fechará no ano em torno dos 90 €/MWh", considera Soto. Não será assim no caso do gás, onde "não se esperam grandes subidas", ainda que todo dependerá da situação geopolítica.