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Ikea volta-a a envolver e entrega quatro portas de um armário rompidas

A afectada assegura que a loja de decoración não lhe ofereceu nenhuma solução e, por enquanto, tem tido que montar o armário com as tabelas defeituosas

Ana Siles

Uma loja da Ikea / EUROPA PRESS - EDUARDO PARRA

Que Ikea deixe a algum que outro cliente na estacada a cada vez está mais longe de ser uma excepção. A companhia sueca é um gigante da decoración que oferece todo o tipo de objetos para o lar.

No entanto, a experiência de compra não sempre é boa e para mostra, um botão. Uma utente põe no ponto de olha a Ikea depois de receber quatro portas de armário rompidas.

A origem do problema

O conflito de Yolanda com Ikea começou com a entrega do armário. Segundo relata a própria cliente, a loja de decoración enviou-lhe dantes do previsto e sem prévio aviso o armário. "Ponho a entrega na segunda-feira 23 e chega-me na sexta-feira 20 sem avisar e sem eu estar em casa. Por sorte meu vizinho tinha chaves e deixaram-no na cochera", confessa.

Uma loja de Ikea / IKEA - EP

Assim que chegou a casa, Yolanda se percató de que tinha quatro tabelas rompidas. "Chamo para fazer a devolução e dizem-me que vá ao Ikea de Granada e dar-me-ão as novas", afirma em Trustpilot.

Duas portas que não encaixam

A cliente não lho pensou duas vezes e se acercou até a loja física para gerir a devolução. Quando por fim lhe programam o pedido novo, o pessoal da multinacional lhe informa que há duas portas "que não existem, que nem sequer têm um oco alocado para essas tabelas e que serão de alguma devolução", relata Yolanda.

Uma consumidora reclama a Ikea / PEXELS

De modo que a afectada não tem mais remédio que voltar a casa com suas tabelas rompidas. "Ninguém se faz cargo", assegura. "Vem a montar o armário uma empresa externa a eles porque não têm montadores e essa montagem já está paga. Não me dão solução de modo que há que montar com as tabelas rompidas. PÉSSIMO", conclui.

Uma devolução que se pode complicar

Ruth Almaraz, advogada e professora de OBS Business School, explica a Consumidor Global que quando se demonstra que um objeto está defeituoso se pode solicitar a substituição ou o reembolso do produto. Uma norma que também aplica aos problemas com a montagem, sempre que este o tenha feito um montador de Ikea.

Agora bem, existem alguns casos onde o processo de mudança ou reembolso se pode complicar. Mais especificamente, a experiente cita três supostos:

  1. Se o produto comprou-se on-line não há forma de provar quem o rompeu, se tem sido a empresa de transporte ou vinha assim da tenda/armazém. Nesse caso há que demandar às duas empresas.
  2. Se o produto comprou-se em loja, mas entrega-o um transportador de Ikea, deverá ser a loja mesma quem responda.
  3. Se pelo contrário o cliente é quem leva-se o comprado por seus próprios meios, será bem mais difícil provar que o rompimento não a produziu ele ao transportar num veículo inadequado.

Ikea guarda silêncio

Certamente, o caso de Yolanda não é frequente mas não se entende por que Ikea não responde pelas portas rompidas. Tanto se as tabelas já saíram do armazém defeituosas como se as rompeu o transportador, deve ser a companhia sueca quem responda por elas oferecendo uma solução à cliente.

Por enquanto, Yolanda tem tido que se combinar com as portas em mau estado para não perder o dinheiro e a cita com o montador. Consumidor Global pôs-se em contacto com Ikea para escutar sua versão dos factos. No entanto, ao termo desta reportagem, a multinacional guarda silêncio.