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A Ikea volta a fazer asneira e entrega quatro portas de roupeiro partidas
A mulher afetada afirma que a loja de decoração não lhe ofereceu qualquer solução e que, por enquanto, teve de montar os móveis com as placas defeituosas.
O facto de o Ikea deixar alguns clientes na mão está cada vez mais longe de ser uma exceção.. A companhia sueca é um gigante da decoração que oferece todo o tipo de objetos para o lar.
No entanto, a experiência de compra nem sempre é boa e aqui está apenas um exemplo. Uma utilizadora queixa-se de que o Ikea lhe enviou quatro portas de roupeiro partidas e não lhe ofereceu qualquer solução.
A origem do problema
O conflito de Yolanda com a Ikea começou com a entrega do armário. Segundo relata a própria cliente, a loja de decoração enviou-lhe antes do previsto e sem prévio aviso o armário. "Ponho a entrega na segunda-feira 23 e chega na sexta-feira 20 sem avisar e sem eu estar em casa. Por sorte o meu vizinho tinha as chaves e deixou-o na garagem”, confessa.
Assim que chegou a casa, Yolanda reparou de que tinha quatro portas partidas. "Ligo para fazer a devolução e dizem-me que vá ao Ikea de Granada e dar-me-ão as novas", afirma no Trustpilot.
Duas portas que não encaixam
A cliente não pensou duas vezes e foi até a loja física para gerir a devolução. Quando por fim lhe programam o pedido novo, o pessoal da multinacional informa que há duas portas "que não existem, que nem sequer tinham um espaço atribuído a estas placas e que seriam devolvidas”, conta Yolanda.
De modo que a afectada não tem mais remédio que voltar a casa com suas portas partidas. "Ninguém se responsabilizou", assegura. "Vem a montar o armário uma empresa externa a eles porque não têm montadores e essa montagem já está paga. Não me dão solução de modo que há que montar com as portas partidas. PÉSSIMO", conclui.
Uma devolução que se pode complicar
Ruth Almaraz, advogada e professora de OBS Business School, explica à Consumidor Global que quando se demonstra que um objeto está defeituoso se pode solicitar a substituição ou o reembolso do produto. Uma norma que também se aplica aos problemas com a montagem, sempre que este o tenha feito um montador da Ikea.
Agora, existem alguns casos onde o processo de mudança ou reembolso se pode complicar. Mais especificamente, a perita cita três casos:
- Se o produto foi online não há forma de provar quem o partiu, se foi a empresa de transporte ou vinha assim da tenda/armazém. Nesse caso há que fazer queixa às duas empresas.
- Se o produto comprou-se em loja, mas foie entregue por um transportador de Ikea, deverá ser a loja mesma quem responda.
- Se pelo contrário o cliente é quem leva o comprado pelos seus próprios meios, será mais difícil provar que o dano não foi produzido por ele ao transportar num veículo inadequado.
Ikea guarda silêncio
Certamente, o caso de Yolanda não é frequente mas não se entende porque a Ikea não responde pelas portas partidas. Tanto se as portas já saíram do armazém defeituosas como se foram partidas pelo transportador, deve ser a empresa sueca quem responda por elas oferecendo uma solução à cliente.
Para já, Yolanda teve de manter as portas em mau estado para não perder o dinheiro e a marcação com o instalador. A Consumidor Global contactou a Ikea para ouvir a sua versão dos acontecimentos. No entanto, até ao fecho desta reportagem, a multinacional mantém-se em silêncio.
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