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Gonzalo Bernardos avisa do que passa realmente quando não pagas a Fazenda: "a vida seria melhor"

O economista explica-nos como nos afecta a todos os lares a problemática da economia submergida com a que já não veremos com tão buenso olhos os pagamentos em negro

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É quanto menos curioso como muitas pessoas apreciam o facto de que o conhecido de turno lhes tire o IVA quando abonan o pagamento por um serviço. Outros, procuram as cobranças em negro de forma compulsiva pois consideram estar a ganhar para seu bolso aquela quantidade que lhe escurren a Fazenda. Em qualquer destes caso, é verdade que conseguem cobrar mais dinheiro com isso, ao menos se ficamos na quantidade superficial que têm conseguido ingressar em sua conta ao não pagar impostos.

Mas qual é o impacto real da economia submergida sobre nossas vidas? Se pomos atenção à importância da previdência, a assistência social, as infra-estruturas, a justiça, a segurança ou a educação em nossas vidas não prestar-nos-íamos a que nos tirassem o IVA , pois o o grande provedor económico da provisão de bens e serviços tão necessários em nossa sociedade.

Un autónomo utiliza la calculadora para saber cuánto le tocará pagar de IVA / FREEPIK
Um autónomo utiliza a calculadora para saber quanto tocar-lhe-á pagar de IVA / FREEPIK

Espanha segue preferindo não ser legal e se poupar o IVA


Nenhum país tem uma taxa de economia submergida de 0%. Espanha tem o 15,7%. Um dado que não nos deixa em tão mau lugar como pensávamos, pois sempre se disse que os espanhóis somos uns pillos experientes em tentar escaquear dinheiro à Agência Tributária e ao próximo se nos é preciso.

Pois longe da imagem que nós mesmos temos como cidadãos do mundo, o verdadeiro é que em Espanha estamos mais concienciados do que cremos na o importância de pagar religiosamente os impostos, já que a taxa média de Europa se situa no 17.3 %. Uma média entre toda a UE, onde a sobem os países do Europa do este – com o 29,7% de Croácia- e a baixam os cidadãos mais cívicos do continente, os austriacos com só um 6,6% de taxa.

Dos propietarios de viviendas preparan su declaración de Hacienda / FREEPIK
Dois proprietários de moradias preparam sua declaração de Fazenda / FREEPIK

Gonzalo Bernardós explica os perigos reais de evadir impostos

E é que ainda que não é questão de nos comparar moralmente com o país vizinho, o experiente e economista Gonzalo Bernardos tem querido pôr em valor a diferença que suporia ter outro tipo de valores cívicos bem como uma boa educação financeira à altura dos requerimentos sociais que precisamos: " Se tivéssemos o 6,6% de Áustria, quanto arrecadaríamos num ano como o 2022? Arrecadaríamos 48.400 milhões de euros mais. Com esse dinheiro estaríamos a pagar o 76% da despesa total em educação, e o 49% da despesa em previdência.
Poderíamos dizer que nossos meninos teriam muitas mais possibilidades de estudar o que queiram, mais professores a sua disposição e seguramente um melhor futuro. Também poderíamos observar como desaparecem as listas de espera da previdência em Espanha. Então, vale a pena duas coisas. Um, pagar o que toca; e dois, que os políticos, em lugar de gastar o dinheiro em burócratas, o dinheiro público o gastem em aquilo que é mais importante para nós" comentava sobre a peliaguda situação política e económica pela que Espanha está a transitar.

Fachada del Ministerio de Hacienda del Gobierno de España / EFE
Fachada do Ministério de Fazenda do Governo de Espanha / EFE

O descontentamento político: uma das causas da economia submergida em Espanha

É importante recalcar que fruto do descontentamento social nasce também estas ideias de tentar enganar a Hcienda, pois os espanhóis estão convencidos de que seus impostos não se destinam ao que deveria. Uma mentalidade muito individualista mas que não vai desencaminada do tudo, e que Bernardós tem comentado da seguinte maneira: "E estou seguro de que vocês ou eu estaremos de acordo, para previdência, educação, assistência social, infra-estruturas, justiça, segurança…" começava explicando ao fio da falta de consciência social com os impostos.

 

"E de dar subvenções a múltiplas associações para ter o controle social, zero patatero! Se assim fora, menos economia submergida, melhor despesa...a vida dos que mais têm e dos que menos têm, de todos, seria melhor neste país", limpava do assunto em seu tónica habitual de pôr nome e apellidos ao que está a ocorrer em nossa economia.

Os perigos da economia submergida

O caro B da economia apresenta um impacto do mais significativo a nível nacional como em própria economia global, já que implica uma perda de rendimentos para os governos, sendo ademais uma concorrência desleal para os negócios que sim cumprem ao lei e optam por levar suas contas de forma legal.

Se centramos-nos na merma quanto a benefícios sociais, tais como a falta de protecção trabalhista, a exploração e o aumento da delincuencia deixaríamos de preferir pagar 50 euros em lugar de 65 ao fontanero que não nos faz factura quando se nos estraga a caldera. A arrecadação de impostos que se prevê para 2024 é a mais de 7.350 milhões de euros, o que representa um 9 % mais que no exercício do ano anterior, em 2023 -segundo o plano de Orçamentos Gerais- uma quantidade, que também não fala muito melhor de nós, pois a economia submergida espanhola segue sendo muito escandalosa. Os Técnicos do Ministério de Fazenda (Gestha)estimam que a economia submergida espanhola oscila entre os 230.000 e os 240.000 milhões, segundo dados de 2021.

 

 

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