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A bombona de butano sobe um 4,3% e já supera os 16 euros
O consumo deste combustível tem caído mais de 25% desde o ano 2010
O preço máximo de venda ao público da bombona de butano se encarece um 4,27% a partir desta terça-feira. Assim, sobe até os 16,61 euros e continua com uma tendência ao alça que retomou no passado mês de setembro na última revisão, segundo publica o Boletim Oficial do Estado (BOE).
O incremento nesta última revisão deve-se a uma ascensão na cotação das matérias primas de 9,05%, que se vê contrarrestado pelos descensos nos preços dos fletes (-1,73%) e a leve apreciação do euro em frente ao dólar (+0,70%), segundo indicaram em fontes do Ministério para a Transição Ecológica e o Repto Demográfico.
Um preço que não está liberado
O preço máximo de venda dos gases licuados do petróleo embalados (GLP) em embalagens dentre 8 e 20 kilogramos -a tradicional bombona de butano- não se encontra liberado. Seu valor revisa-se bimestralmente na terceira terça-feira do mês, por Resolução da Direcção Geral de Política Energética e Minas.
Esta revisão bimestral calcula-se em função do custo da matéria prima (propano e butano) nos mercados internacionais, bem como do custo dos fletes (transporte) e a evolução do tipo de mudança euro-dólar. Por outra parte, dita revisão do preço, ao alça ou à baixa, está limitada ao 5%, acumulando-se o excesso ou defeito de preço para seu aplicativo em posteriores revisões.
Um consumo que cai
O gás licuado de petróleo (GLP) embalado é uma mistura de hidrocarburos, principalmente composta de butano, que serve como alternativa ao gás natural para seu consumo energético em embalagens a pressão, especialmente em populações ou núcleos urbanos sem conexão à rede de gás natural.
Na actualidade, anualmente consomem-se 64,5 milhões de embalagens de GLP de diferentes capacidades. Trata-se de um combustível em retrocesso, já que, desde 2010 até 2021, o consumo total de GLP embalado tem descido mais de 25%.
Revisão do preço da bombona
Por outra parte, o passado 5 de novembro o Ministério, entendendo que nos últimos anos têm existido diversas situações que têm ocasionado um impacto económico relevante, como o Covid-19 ou a invasão de Ucrânia, tem iniciado a revisão da fórmula que calcula os custos de comercialização da bombona.
A tal efeito, em junho lançou uma consulta pública prévia para obter contribuições de todos os interessados, e o passado 5 de novembro lançou a informação pública uma proposta de ordem ministerial, com a que prevê aplicar uma fórmula de cálculo desenhada pela CNMC, a actualizando pára que reflita de forma fidedigna os custos do sector.
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