Arval BNP Paribas indigna a seus clientes com cobranças injustificados

A companhia de renting emite cargos desorbitados, sem conceito nem prévio aviso, a consumidores que devolvem seus carros em bom estado

Arantxa Hernando, directora global de operaciones y seguros de Arval BNP Paribas Group CONSUMIDOR GLOBAL

Pablo Briceño alugou um Opel Corsa com a companhia de renting Arval BNP Paribas em 2019. Pagou religiosamente os 323,60 euros mensais que estipulava o contrato. Um contrato de quatro anos que venceu o passado 1 de outubro de 2024.

Depois de devolver o carro em "perfeitas condições" e receber o visto bom do concesionario, Briceño tem vivido um autêntico inferno por culpa de uma cobrança injustificado de Arval.

A devolução do carro

"Após mais de uma semana tentando gerir a devolução através de sua página site sem sucesso, consegui agendar cita via chamada telefónica para o 17 de setembro", relata o afectado em declarações a este meio.

Una persona revisa un coche / ARVAL - EP
Uma pessoa revisa um carro / ARVAL - EP

A empresa do grupo BNP Paribas informou-lhe sobre como funcionava o trâmite e lhe explicou que ao peritar o carro se dava por finalizado o contrato. "Devolvi meu carro em perfeitas condições (com lavagem incluída) e com 14.000 dos 40.000 km lembrados no contrato, pelo que me asseguraram que devolver-me-iam 200 euros, e fiquei tranquilo", prossegue Briceño.

A cobrança injustificado de Arval BNP Paribas

Tudo parecia ir sobre rodas até a manhã do 4 de novembro. "Resulta que mais de um mês após o ter devolvido, não só não me devolveram meu dinheiro, sina que me acordo com a surpresa de uma cobrança de Arval de 2.630 euros sem conceito nem prévio aviso por parte da empresa. Sem justificativa alguma ao respeito", narra o afectado.

E acrescenta: "Esta soma não só é desorbitada, se não que ademais supera o máximo que eles mesmos prometiam cobrar em caso que o carro estivesse nas piores condições".

A reacção do consumidor

"Minha resposta imediata foi de desespero", acrescenta Briceño, que tem 28 anos e trabalha em hotelaria. Esta situação pôs-lhe em "aprietos financeiros", até o ponto de que gerou "um impacto importante na saúde mental de minha família".

Los detalles del cobro injustificado de Arval al excliente afectado CEDIDA
Os detalhes da cobrança injustificado de Arval ao excliente afectado CEDIDA

No dia 5 de novembro, o Banco Santander denegó a cobrança e devolveu o recebo à empresa, tal e como se aprecia nos pantallazos da imagem superior. E nos dias seguintes consistiram em "telefonemas constantes" com a empresa, "brigas" com o serviço de atenção ao cliente e muito estrés.

"Arval pediu-me desculpas"

Uma semana mais tarde, o 12 de novembro, "Arval pediu-me desculpas por e-mail assegurando-me que devolver-me-iam os 200 euros que me devem por contrato", explica o afectado.

A companhia de renting solucionou a cobrança injustificado e desmedido, mas isto não teria passado "se eu não tivesse gastado horas de meu tempo em seu sistema de reclamações", lamenta Briceño, quem assegura que, a dia de hoje, ainda não lhe devolveram os 200 euros de compensação que lhe devem.

Outros afectados

"O mais frustrante é ver que a muitos consumidores que contrataram um serviço similar lhes fizeram o mesmo", sentença Briceño em referência aos centos de queixas que acumula Arval na página Trustpilot, onde o 90% das reseñas valorizam seu serviço como "Muito mau".

"Após 4 anos de renting pagando a quota, quando lhes entregas o carro pretendem te cobrar por todo o que eles consideram desgaste. Pedem-me mais de 200 euros porque o volante está desgastado!", critica Javier García, outro afectado pela vil artimaña da multinacional BNP Paribas.

"Defraudam-te ao devolver o carro"

"Defraudam-te ao devolver o carro", coincide Alejandra P., quem assegura ter seguido a cada uma das instruções que lhe pediu Arval para realizar o trâmite com sucesso.

El director regional de BYD España, Jordi Cuesta (izquierda), y el director general de Arval España, Miguel Cabaça / EP
O diretor regional de BYD Espanha, Jordi Custa (esquerda), e o diretor geral de Arval Espanha, Miguel Cabaça / EP

"Tenho tido que ser eu a que lhes persegui em cada momento para fechar o contrato, e resulta que agora me pedem que abone 900 euros", lamenta a afectada.

Quanto se embolsarán?

Ao finalizar o contrato de renting, "fazem todo o possível por esquilmar uns últimos euros ao cliente com peritaciones delirantes", denúncia Javier Echeverría.

Quando este cliente de Arval devolveu o carro, "me felicitaram no ponto de entrega". No entanto, ao igual que a dezenas de afectados, semanas depois lhe carregaram um custo "desorbitado". Uma queixa recorrente que leva a Echeverría a se perguntar: "Quanto dinheiro se embolsarán com este procedimento ao termo dos alugueres?".

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