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"Sou fisioterapeuta e este é meu conselho para evitar problemas de costas se és de videojuegos"
As longas horas ante os ecrãs podem afectar à musculatura das costas e provocar contracturas e dor, segundo o especialista Pablo da Serna
Em era-a digital, o uso de videojuegos e ecrãs é omnipresente na vida quotidiana e a cada vez é mais habitual que provoque dor de costas. "As longas horas ante os ecrãs, e mais particularmente dedicadas aos videojuegos, supõem uma mudança de hábitos em muitos jovens, e não tão jovens, a cada vez mais sedentarios e com problemas posturales", expõe o fisioterapeuta Pablo da Serna, quem acrescenta que isto "pode acabar afectando à musculatura das costas e provocar contracturas e dor".
Os videojuegos já não são uma prática exclusiva da juventude, sina que grande parte da geração que cresceu com os primeiros videojuegos a princípios dos 80 e 90 ainda segue jogando, segundo recolhe o estudo do Injuve Jovens e videojuegos: espaço, significação e conflitos.
O uso de videojuegos faz parte da vida quotidiana
Deixando de lado a polémica que rodeia o tempo excessivo que muitos jovens e adolescentes passam ante os ecrãs, este tipo de jogos de videoconsola contam a cada vez com mais adeptos que trocam informação, experiências e desafios, fazendo parte de uma comunidade em construção.
Como assinala a página site do Injuve, "mais que uma excepção, o uso de videojuegos faz parte já da vida quotidiana de um bom número de jovens". Muitos deles, "vivem esta experiência como uma mais entre as ofertas de lazer e consumo de que dispõem. Os videojuegos criam um espaço de privacidade, inclusive de isolamento, mas também fazem parte das actividades que se compartilham com os amigos".
O sedentarismo e a saúde
Em pleno verão e já iniciadas as férias é mais provável que os jovens e adolescentes alonguem ainda mais as sessões ante os ecrãs, especialmente com os videojuegos, um facto que pode acabar provocando sedentarismo, moléstias de costas e contracturas, além de afecciones emocionais, se não se utilizam seguindo umas determinadas pautas e prevenções.
Assim o afirma o fisioterapeuta e colaborador de Angelini Pharma Pablo da Serna, que também recomenda "não demonizar este hábito". Também os adultos passamos muitas horas ante o computador ou o móvel, já seja por trabalho ou por lazer. De modo que é pouco coerente que lhes peçamos que façam algo diferente ao que vêem".
Os efeitos dos videojuegos no sonho
Mas sim deve-se ter em conta que muitos videojuegos costumam gerar um estado de tensão e alerta, "o qual repercute em dificuldade para conciliar o sonho e descansar bem, especialmente se se joga pela noite", explica o experiente.
"E não dormir suficiente gera cansaço e um comportamento mais agressivo". Trata-se, pois, de evitar o uso de videoconsolas e ecrãs nas horas prévias à hora de dormir.
Contracturas em cervicales, dorsales e lumbares
Ademais, esta mesma tensão e as más posturas que muitos jovens adultos adoptam ante os ecrãs, "acabam passando factura à musculatura das costas", afirma o fisioterapeuta.
De modo que "à falta de exercício para reforçar a musculatura acrescenta-se o risco de sofrer contracturas, especialmente em cervicales, mas também em dorsales e lumbares", adverte da Serna. O experiente recorda que "existem jogos interactivos que sim fomentam o movimento e implicam verdadeiro exercício, o qual é positivo".
Conselhos para evitar problemas de costas
Em qualquer caso, se aparecem dores de costas, "é importante, além de realizar estiramentos e reduzir o sedentarismo, a fisioterapia e a terapia de calor, que ajudam a melhorar". Neste sentido, "é recomendável o uso de parches térmicos terapêuticos para aumentar o fluxo sanguíneo e ajudar à relajación dos músculos e aliviar a dor".
No entanto, "não se trata de proibir, sina de educar e estabelecer pautas em relação ao uso dos videojuegos para que este não provoque consequências físicas, emocionais e sociais". O importante é "exercer uma adequada supervisão sobre os mais jovens que, a modo de acompanhamento, os oriente a um uso racional e seguro da tecnologia", conclui o experiente. Assim mesmo, o experiente aconselha "limitar o tempo em frente aos ecrãs e fomentar a participação de adolescentes e jovens em meios sociais presenciais, ao mesmo tempo que reservar espaços para a prática regular de actividade física ou desporto adequados a sua idade".
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