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Que és a hafefobia ou medo à intimidem: A psicologa Lara Ferreiro explica-nos este transtorno
Falamos com a experiente em relações sobre uma tendência que preocupa a cada vez mais aos casais em Espanha
Não poucas vezes temos ouvido isso de que o amor é uma acção, e não lhe falta razão se atendemos a que só o simples acto de brindar um abraço ou uma caricia são expressões de afecto e aprecio. Uns gestos que a maioria das pessoas realizamos de maneira natural quando sentimos simpatia por alguém. Não obstante, há quem experimentam uma incomodidad atroz e desmedida com o contacto físico, tanto é seu desgosto quando alguém entra dentro de seu espaço vital que esta chega a se converter numa verdadeira fobia.
Sem dúvida, a pandemia um dantes e um depois quanto ao contacto físico ou nossas interacções com outros, o distanciamiento social imposto fez que nossa mente visse o se tocar como um perigo, por isso este contacto praticamente desapareceu. Cabe destacar que na época dos contágios por Covid-19 existia uma ansiedade provocada pelo vírus -que atendia ao nome de misofobia- que nada tem que ver com a Hafefobia ou fobia ao contacto físico. Um transtorno que a cada vez preocupa mais aos casais em Espanha e que às vezes tem raízes psicológicas muito diferentes ao contágio.
Que é a hafefobia?
Existem para valer pessoas que não desejam ser tocadas nem por seus casais? Em psicologia, o medo ao contacto físico denomina-se hafefobia. Um termo que prove/provem do grego haphé, que significa tacto, e phobos, que se traduz como medo. Um transtorno dentro do espectro da ansiedade no que já se está a ver uma tendência nas relações. Consumidor Global tem podido falar com Lara Ferreiro, psicóloga experiente em casais -e autora do livro Adicta a um gilipollas- sobre como afecta aos vínculos afectivos este tipo de transtorno.
"Pode ser por contágio, também por se sentir invadido. São pessoas que podem ter um transtorno de personalidade ou depresivo, traumas na infância com um excessivo controle externo ( só podes controlar quem te toca e quem não) ou inclusive gente que tenham tido abusos sexuais, um COT com ritual por limpeza. A hafefobia é medo à intimidem. Não queres que te toquem, não queres intimidem física. Às vezes estas pessoas têm casal mas são pessoas muito frias, não tocam, não dão amor." começa-nos relatando sobre este problema que pode afectar a nossa modo de nos relacionar de forma sã e portanto a nossa saúde mental. Os sintomas mais comuns da hafefobia costumam ser o experimentar um excesso de pensamentos obsesivos, o isolamento, a ansiedade ou a sudoración depois do contacto físico.
Lara Ferreiro psicóloga experiente em casais explica-nos as causas e soluções:
Esta fobia pode ter sua origem num transtornos da personalidade como é o evitativo, nos transtornos do espectro autista ou num transtorno postraumáticos, com frequência a hafefobia não se apresenta como um problema em si mesmo, sina mais bem como um sintoma secundário de outras afecciones.
"Muitas vezes estas pessoas não querem que as toquem nem ter relações sexuais. É muito curioso, a hafefobia é muito problemática é um medo ao amor físico, isto te pode levar a ter uma crise de casal. Há gente que pensa que nas relações se podem contagiar de doenças de transmissão sexual então evitam ter sexo, a mente te pode levar a lugares muito escuros", relata Lara Ferrreiro sobre como afecta este terror ao contacto físico às relações de casal.
Algumas causas podem ser o medo a sofrer numa relação, o medo a ser recusado ou inclusive julgado por experiências traumáticas no passado: "Então ao final criam-se relações muito tóxicas com vínculos muito disfuncionales de casal. As causas são diversas, gente que tem sofrido bullying ou não se sentiu querida por seus pais, ao final para eles o terreno da intimidem é um terreno liso e por isso têm esses comportamentos extremos. Esse transtorno evitativo da personalidade que "passa da gente" por suposto tem sua origem no passado, por suposto teria que ir a terapia e depois terá que pactuar com o casal os hábitos pouco a pouco", nos propõe a psicóloga Ferreiro sobre as soluções mais imediatas para atalhar um problema destas características dantes de que domine por completo nossa vida. E é que é quanto menos importante atalhar o problema de raiz, pois esta conduta pode estar enmascarando uma somatización muito forte de um conflito interno com nosso passado.
Por que é importante o contacto físico na psicologia?
O contacto físico na psicologia tem muita relevância. Em psicologia, o contacto físico é uma parte essencial da comunicação emocional não verbal. Constitui uma das principais vias de interacção humana, facilita as relações e contribui à regulação emocional.
Aqui entra em jogo o sentido do tacto, que nos liga com todo o meio. Através do tacto podemos perceber numerosas emoções, como revelam estudos realizados pelo neurocientífico M. Hertenstein e sua equipa. O experimento propôs-se determinar se era possível transmitir e reconhecer emoções unicamente mediante o tacto. Entre as emoções estudadas estavam: a ira e a raiva, a tristeza, o amor ou a empatía. Os resultados não só validaram a hipótese desta necessidade de contacto, também mostraram que a cada gesto está vinculado a uma emoção específica (por exemplo, uma caricia se associa com o amor e a compaixão, enquanto um toque vacilante reflete medo).
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