• Home

  • Alimentação

  • Saboreamos as propostas da chef Teresa Gutiérrez em sua aliança com Finca Hualdo

Saboreamos as propostas da chef Teresa Gutiérrez em sua aliança com Finca Hualdo

Esta cocinera castellanomanchega reinterpreta as receitas tradicionais recolhidas por Sandra Jiménez Osorio e inspiradas na tradição agrícola da vega do rio Tajo

hualddo a
hualddo a

A agricultura tem que ver com receber da natureza graças ao planejamento, o esforço e a entrega, mas, às vezes, nesse processo também se pode dar energia e vigor. É a sorte de alquimia que praticam nA Huerta de Hualdo, um projecto honesto e prolífico onde, além de trabalhar cultivos ecológicos, praticam a agricultura regenerativa, que consiste em devolver ao solo a fertilidad que tem ido perdendo com os anos.

E, depois de exercer esta magia, as frutas e verduras que se cortam pela manhã nesta huerta regada pelo Tajo podem estar pela tarde em domicílios particulares e restaurantes de Madri. A Huerta é só uma das patas que conformam a mesa de Finca Hualdo, um projecto singular cheio de valor que soma também Queijos de Hualdo e o azeite de oliva de Casas de Hualdo. Agora, um showcooking a cargo da chef Teresa Gutiérrez tem acercado este rico mundo a uns quantos comensales.

Redesenhar a agricultura

A finca acolhe um projecto integral único que resulta difícil de resumir. Pode que, em alguns casos, a honestidade esteja relacionada com a singeleza, mas não neste: para além do azeite, o queijo (contam com um importante rebanho de ovelhas, umas 2.000 das quais são de raça manchega) e as caixas de fruta e verdura (o pack de aproximadamente 7 quilos custa 35,70 euros e a partilha o organizam eles mesmos), seus responsáveis o puseram em marcha faz duas décadas com a ideia de "redesenhar a agricultura".

Queriam fazê-lo conjugando a excelência na produção (algo que acreditam as diversas medalhas de sua AOVE) com o compromisso com o meio ambiente e o desenvolvimento rural.

Aceite de Casas de Hualdo / CASAS DE HUALDO - FACEBOOK
Azeite de Casas de Hualdo / CASAS DE HUALDO - FACEBOOK

Prêmios obtidos

Hoje, José Antonio Peche, seu diretor, explica com orgulho que dão emprego a umas 50 pessoas em Carpio de Tajo (Toledo), e também não oculta sua satisfação ao desvelar que uma entidade italiana lhes outorgou o galardão ao olivar mais belo do mundo ou que contam com o prêmio à melhor almazara de Espanha, outorgado pela Associação Espanhola de Municípios da Oliveira (AEMO).

Os olhos permitem ver os produtos e o ouvido escutar as explicações sobre o carácter de Finca Hualdo, um mundo de 4.000 hectares, mas a experiência sensorial mais certera é provar os produtos.

Teresa Gutiérrez / FINCA HUALDO
Teresa Gutiérrez / FINCA HUALDO

Receitas que contam histórias

Teresa Gutiérrez é a cocinera e proprietária do Restaurante Azafrán, um estabelecimento de Villarrobledo (Albacete) especializado em cozinha manchega. Os responsáveis por Finca Hualdo pediram-lhe que reinterpretase vários platos de sua colecção Receitas que Contam Histórias, (recopiladas pela estudiosa e fotógrafa Sandra Jiménez Osorio e inspiradas na tradição agrícola da vega do rio Tajo), e a chef atirou de inventiva e tradição.

Assim, em Finca Hualdo recordavam a receita de Melocotones à grelha com frango de curral especiado, que Gutiérrez converteu em Perdiz com sopa de almendras, azafrán e membrillo especiado. Esta é sua receita:

  • Primeiro, cozinharemos as perdices com o vinho, vinagre, água, azeite, alho, sal, pimienta em grão e laurel durante 3 horas a fogo muito lento.
  • Deixamos que se enfríen dentro do caldo de cocción.
  • Colamos o caldo por um lado e limpamos as perdices por outro. Reservamos ambas partes.
  • Num caço, pomos azeite de oliva para fritar o pão e a farinha de almendras. Uma vez fritado, acrescentamos o caldo de cocción das perdices e deixamos ferver 5 minutos.
  • Acrescentamos o caldo de ave e o azafrán molido, e deixamos reduzir todo durante 10 minutos mais.
  • Trituramos bem até conseguir um creme ligeiro.
  • Por outra parte, cozinhamos os membrillos com açúcar e especiarias até conseguir uma compota.
  • Horneamos os boniatos em brasas durante 25 minutos. Pelamos e aplastamos a carne com um tenedor, com uma pizca de sal.
  • Servimos o boniato num plato com a perdiz desmenuzada em cima. Pomos uns puntitos de membrillo especiado ao redor.
  • Servimos em cima a sopa de almendras com azafrán.

Versão do pisto manchego

Em segundo lugar, Gutiérrez propõe uma originalísima versão do pisto manchego (quiçá o plato mais icónico da região), já que não frita o tomate. Neste ponto convém detalhar que este alimento é uma das jóias de Finca Hualdo, que recuperou a variedade de tomate moruno graças às sementes que conservava gente do povo. É um tomate muito especial, "de pele muito fina e carne migosa".

Un pisto manchego / CEDIDA
Um pisto manchego / CEDIDA

Gutiérrez o escalda, o trocea e põe-no a reduzir até que perde todo a água. Depois retira-o e o tritura. O azeite de oliva que aplica é em frio, já que faz uma fritura inversa que permite conservar melhor as propriedades dos ingredientes e lhes outorgar uma textura surpreendente. "Fica mais bem como uma emulsión", explica. Esta é a receita de sua pisto de calabazas com torrezno à brasa de sarmientos:

  • Escaldamos os tomates para tirar-lhes a pele, e os troceamos. Pomo-los a reduzir num caço com açúcar e pizca de sal até que percam toda a água.
  • Trituramos e emulsionamos com azeite de oliva e acrescentamos-lhe um dente de alho.
  • Reservamos.
  • Cortamos a calabaza e calabacín em brunoise
  • Pomos um caço com estas verduras e outro com azeite de oliva virgen extra.
  • Quando o azeite atinja os 180 graus, vertemos sobre o caço das verduras e deixamos cozinhar 3 minutos. Colamos e esfriamos rapidamente estas verduras.
  • Misturamos as verduras com o tomate para fazer o pisto de calabazas.
  • Acrescentamos sal grosso à panceta e cozinhamo-la num kamado durante 3 horas.
  • Depois deixamo-la esfriar, a envasamos ao vazio com caldo de carne e voltamo-la a cozinhar 75 graus 8 horas.
  • Cortamos a panceta em quadrados de 4 x4 aprox e fritamos.
  • Servimos esta panceta com o pisto, e o pão de azeite de oliva.

Pistachos ao creme

Por último, Gutiérrez propõe a modo de doce uns pistachos ao creme com seu merengue e maçã asada. É um plato com muita miga, já que versiona os "pasteles sefardís com Alfónsigos", que é o nome histórico que se dava aos pistachos (alimentos que, a sua vez, aparecem em livros de repostería já no século XVII).

Com o tempo, o pistacho desterrou-se de Castilla-A Mancha, mas nos últimos tempos voltou-se muito popular, tanto que é a comunidade autónoma que mais está a crescer em hectares. Em Finca Hualdo foram pioneiros em sua recuperação na região. Este é o processo para preparar o postre:

  • Fazemos um creme com ovos, açúcar, leite, nata, azafrán e almidón.
  • Deixamos hidratar os pistachos neste creme durante 8 horas
  • Cozinhamos a maçã rallada com canela, mantequilla, e açúcar.
  • Fazemos um merengue com o açúcar e as claras de ovo, acrescentamos-lhe a farinha de pistachos. Esticamos sobre uma bandeja e deixamo-lo deshidratar.
  • Sobre um plato fundo, servimos uma base de maçã com canela e cobrimos com o creme de pistachos.
  • Pomos uns dados de maçã crua cortada.
  • Decoramos com o merengue de pistachos
Você leu este conteúdo de consumidor global preparado por nossa equipe de redatores e especialistas. Se você deseja acessar livremente todo o conteúdo que produzimos, recomendamos se inscrever. Além disso, você pode receber aconselhamento jurídico gratuito por fazer parte da nossa comunidade.
Comentários

Desbloquear para comentar

Inscrever-se

Temos
o melhor plano
para o consumidor exigente

Inscrever-se
Acessar

Acesso total

Acesso a todas as seções sob assinatura

Conteúdo exclusivo

Conteúdo exclusivo

Os melhores artigos, produtos, conteúdos exclusivos e assessoria jurídica

Inscrever-se
Seja o melhor consumidor junte-se ao nosso clube.