O preço do café arábica tem atingido nesta quarta-feira seu nível mais alto desde 1977 na Intercontinental Exchange (ICE) de Nova York.
O motivo? A preocupação dos operadores ante a possibilidade de que a seca de Brasil, um dos principais produtores, afecte às colheitas.
O preço do café arábica não para de subir
Os futuros de café arábica subiram um 3% na manhã de ontem.
No entanto, no que vai de ano, os futuros deste café já têm subido para perto de um 70%.
A seca
Segundo o analista Richard Asplund, da assinatura Barchart, a escassez de precipitações em Brasil, que se enfrenta a sua temporada mais seca desde 1981, tem danificado os cafetos (a planta do café) durante a fase de floração e tem reduzido as perspectivas da colheita brasileira para 2025 e 2026.
"As precipitações por embaixo da média em Brasil podem frear a produção de café do país e são um factor de ascensão", indica Asplund.
Uma produção inferior à média
Devido a este clima adverso, a produção de café em Brasil nos últimos quatro anos tem sido inferior à média.
Se esta tendência continua "precisar-se-ão preços altos do café para racionalizar uma maior resposta da oferta", de acordo aos analistas de Citi Group, citados pelo Wall Street Journal.
Uma possível escassez de oferta
A situação em Brasil faz que os operadores estejam preocupados por uma possível escassez da oferta mundial.
Ademais, o incremento das exportações de café arábica por causa da subida dos preços tem reduzido as existências, e uma temporada de baixa produção poderia reduzir de maneira significativa os fornecimentos, indicam os analistas de ING.