O açúcar é um dos principais desafios para manter uma alimentação saudável. Reduzir seu consumo é essencial para quem procuram seguir uma dieta equilibrada que repercuta num estilo de vida saudável. No entanto, o identificar nas etiquetas dos produtos pode ser quanto menos complexo, já que o açúcar aparece baixo múltiplos nomes desconhecidos e diferentes.
Conhecer estas denominações é chave para tomar boas decisões à hora de fazer compra-a, segundo explica dietista e nutricionista, experiente em alimentos para Consumidor Global nesta singela guia para saber que nos estamos a levar exactamente a casa.
Um dos nomes mais comuns é sacarosa, o edulcorante mais usado a nível mundial. Similar em efeitos ao açúcar branco e moreno, a sacarosa pode encontrar-se em produtos como a bollería industrial, refrescos, caramelos e lacticínios processados.
Ademais, existem açúcares que, ainda que naturais em frutas, verduras e mel, podem ser perjudiciales em longo prazo quando se consomem em excesso e de forma indireta em produtos processados. Fructosa e dextrosa são dois exemplos. Conquanto em seu estado natural não representam um risco importante, em produtos elaborados podem contribuir causando problemas de saúde tais como obesidad, diabetes e transtornos gastrointestinales.
Os açúcares e seus usos na suplementación desportiva
Outro tipo de açúcar presente ao sector alimentar é a maltodextrina, destacada por suas propriedades como espesante e texturizante. É comum na suplementación desportiva, e seu consumo deve estar sempre supervisionado por um profissional.
Assim mesmo, na indústria alimentar é frequente encontrar jarabes como o de milho e o de agave; ainda que o jarabe de milho é mais perjudicial, ambos devem se usar com precaução e não como substitutos habituais do açúcar.
Seguem sendo açúcares pese a ser menos calóricas
Finalmente, existe uma categoria de açúcares chamada polialcoholes—como o sorbitol, maltitol, xilitol, manitol e eritritol—que se encontram em frutas e são populares em produtos como chicles ou caramelos.
Estes compostos oferecem vantagens como um índice glucémico mais baixo, mas seu consumo excessivo pode causar efeitos laxantes.
Os mil nomes do açúcar explicados por uma nutricionista
Muitas vezes, quando nos fixamos nos ingredientes de um produto para ver seu conteúdo em açúcares, só temos em conta a denominação 'açúcar' ou se algum se pára a olhar um pouco mais, procura o nome de 'glucosa'.
A nutricionista Duna Nicolau explica-nos as problemáticas com as que se encontra a diário em consulta quando seus pacientes tentam fazer a compra de forma consciente suprimindo os açúcares refinados, mas se esquecendo dos outros tipos: "Se não aparecem nenhuma de estás duas denominações de açúcar nos ingredientes, muitas vezes nos pensamos que é um alimento sem açúcares acrescentados e que, por tanto, é uma boa opção. Desta maneira, acidentalmente acabamos consumindo grandes quantidades de açúcares em nosso dia a dia sem ser realmente conscientes disso", nos comenta.
Saber ler correctamente as etiquetas
A OMS estipula umas quantidades muito pequenas: os homens não deveriam consumir mais de 9 cucharaditas (36 gramas ou 150 calorías) de açúcares ao dia. No caso das mulheres, o número está em 6 cucharaditas (25 gramas ou 100 calorías).
"O açúcar, conhecido como um disacárido formado por uma molécula de glucosa e outra de fructosa, pode vir nos produtos que compramos em forma de outras denominações. Aqui mostro-vos algumas das possíveis maneiras nas que pode vir descrito o açúcar nas etiquetas dos produtos no supermercado: dextrosa, açúcar moreno, jarabe de glucosa, açúcar de remolacha, açúcar de coco, jarabe de arce, sirope de agave, malta em pó, fructosa, maltitol, maltodextrina, galactosa, maltosa, jarabe de arroz, açúcar investido, açúcar de cana, açúcar de milho, lactosa…", adverte-nos a experiente em nutrição.
A publicidade joga ao despiste com o consumidor
Duna Nicolau, dietista e nutricionista, explica-nos detalhadamente a importância de saber que nos levamos a casa quando estamos a tentar eliminar o consumo de açúcares.E é que não poucas vezes, a publicidade e o marketing das marcas joga muito sujo com o desconhecimento do consumidor:
"Algumas destas denominações não mantêm exactamente a mesma composição química do açúcar, mas acabam resultando praticamente iguais ou muito parecidas quanto a tanto conteúdo calórico, como a índice glucémico. Obtendo desta maneira as mesmas ou praticamente iguais propriedades energéticas que o açúcar contém bem como seus efeitos negativos à hora de balançar as calorías que consumimos em dieta...", concreta sobre o perigo de cair no duplo jogo das marcas.
E é que há que saber que muitas vezes este mecanismo se trata de uma estratégia que utiliza a indústria alimentar com tal de promover o consumo destes alimentos ou de que o consumidor recorra a eles acidentalmente e de enmascarar ao que a população teme tanto, o açúcar.