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A melhor tortilla de Espanha está nesta cidade galega

Neste local elaboram dezenas a cada dia, não utilizam cebolla e vendem o finco a um preço de 2,50 euros

Juan Manuel Del Olmo

tortila alicante gastronomica (1)

Não se sabe com exactidão quando nasceu a tortilla espanhola tal e como se conhece hoje em dia, mas é um dos platos mais icónicos de nossa gastronomia, já seja com ou sem cebolla. De facto, está considerada a tampa favorita tanto dos consumidores espanhóis como dos estrangeiros, segundo os dados do estudo Importância social da tampa, elaborado por Saborea Espanha e Hotelaria de Espanha.

Mais especificamente, o 82,5% dos espanhóis considera que a tampa é a principal ensina gastronómica de Espanha, sendo a tortilla de batata a favorita entre as mesmas, seguida das croquetas, a ensaladilla e as batatas bravas. Em muitas cidades e regiões celebram-se concursos para eleger as melhores, e, agora, uma destas competições tem premiado uma elaborada na Corunha (Galiza)

Assim é a melhor tortilla de Espanha

Mais especificamente, o restaurante coruñés Ou Cabo é o que tem conquistado os paladares dos juízes do XVII Campeonato de Espanha de tortilla de batatas, celebrado no marco de Alicante Gastronómico.

O estilo da tortilla, segundo descrevem os verdadeiros conhecedores deste plato, é genuinamente coruñés. "Estamos ante trozos pequenos de batatas, entre fritadas e pochadas, suculentamente empapadas em ovo", descrevem na guia 'Tortilla de batatas. O melhor da Gastronomia'. É jugosa sem chegar ao grau de liquidez excessivo que se dá em alguns bares de Galiza. "Refinada e sabrosa. Como quase todas as tortillas da cidade: sem cebolla. Em cena, uma oblea muito fina e uniformemente amarillenta, que incita ao finco", detalham.

Dezenas de raciones diárias

No ano passado, a tortilla de Ou Cabo alçou-se com o segundo posto, só superada por Cañadío, um restaurante de Santander que também conta com um local em Madri. Quanto à produção, donos do estabelecimento galego diziam ao Espanhol que despachaban "dezenas de tortillas ao dia", sobretudo de 10:00 a 11:00 horas, uma faixa na que se acabam rapidamente entre oito e 10 tortillas.

Com respeito aos preços, o finco custa 2,50 euros, enquanto a tortilla inteira sai por 20 euros.

Outras tortillas premiadas

O segundo prêmio tem recaído na tortilla dA Saia, um restaurante localizado no bairro madrileno de Lavapiés, um local que se define como uma "tasca desenfadada" onde se faz "cozinha séria".

A tortilla dA Saia / A SAIA

"A mirada firme nas raízes permite-nos entender o produto em sua plenitude. O respeito que lhe devemos a esta matéria prima de qualidade, de carácter autóctono e cultivadas em nosso âmbito mais próximo, nos permite compreender o necessário equilíbrio entre emocionar e alimentar, para assegurar um resultado final excelente. E se nossa tortilla é imbatible, ou isso dizem, já vos contamos o segredo: bons alimentos e gosto pelo oficio", proclamam em sua página site.

Terceiro prêmio, também em Galiza

O terceiro prêmio também foi para uma tortilla galega, concretamente, a elaborada em Ankha (Ferrol). Seu cocinero elabora-a com uma técnica um tanto particular.

@samu.curbeira

Mais de 2 milhões de reproduciones 💪🤟

♬ som original - Samu Curbeira

"Tenho dois sartenes precalentadas ao fogo. Numa jogo a massa da batata com o ovo ao fogo e quando considero a jogo à outra. Não utilizo plato nem nada. E para sacá-la igual. A volteo ao plato no que vai ficar definitivamente. Com o tempo fui sacando conclusões, como que a pressão do plato também repercute, faz variar a forma da tortilla e ta pode chegar a apelmazar", declarou o cocinero, Samuel Curbeira, à Voz de Galiza depois de alçar com o bronze.

O truque de Arguiñano

A cada maestrillo tem seu librillo, e Karlos Arguiñano tem explicado várias vezes um método que pode resultar útil inclusive aos menos cocinitas: a regra 6-3-1. Consiste em empregar 6 ovos, 3 batatas e uma cebolla. Estas proporções criam uma tortilla jugosa e alta.

Arguiñano recomenda o uso de três batatas de 300 gramas a cada uma, pela cada 6 ovos. Para obter um resultado mais jugoso, o cocinero basco aposta por agregar um chorrito de leite ao bater os ovos ou inclusive incorporar fermento em pó para somar esponjosidad e altura.