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Golpe do Carrefour na redução da inflação: França obrigará a informar reduções de quantidades

A cadeia informa os seus clientes sobre esta prática através de etiquetas de preços que avisam sobre a diminuição do volume de determinados produtos.

Ana Carrasco González

Um supermercado Carrefour / EFE

Numa medida sem precedentes, França decidiu tomar medidas contra a prática conhecida como 'reduflação', que tem vindo a afetar os consumidores de forma encoberta. A cadeia de supermercados Carrefour tem sido um actor chave no impulso desta iniciativa, que procura garantir transparência e honestidade.

A reduflação, um termo que combina redução com inflação, refere-se à estratégia de alguns fabricantes de diminuir a quantidade de produto nas embalagens mantendo ou aumentando o preço, uma táctica que tem gerado confusão e descontentamento entre os consumidores. Carrefour França começou a informar os seus clientes sobre esta prática mediante etiquetas nos preços que alertam sobre a diminuição no volume de certos produtos.

A decisão de França

O Governo francês, apoiando a iniciativa do Carrefour, anunciou que, a partir de 1 de julho, os supermercados serão obrigados a comunicar qualquer redução da quantidade dos produtos. Esta informação terá de estar claramente visível nas prateleiras durante pelo menos dois meses, indicando a quantidade anterior e atual do produto e a percentagem ou montante exato do aumento de preço por quilo, grama ou litro.

Dois champôs H&S que têm diferente quantidades / FOTO CEDIDA

A decisão da França de legislar sobre esta questão é uma clara mensagem de apoio aos direitos do consumidor e uma chamado de acção para que os fabricantes reconsiderem aS suas políticas de preços. Espera-se que esta medida crie um precedente para outros países europeus que procuram combater as práticas comerciais enganosas.

Prioridade às marcas brancas

A pressão inflacionista vivida nos últimos dois anos tem gerado tensões entre fabricantes e redes de distribuição que em Espanha têm derivado na expulsão da oferta de cadeias como Dia ou Mercadona de marcas tão reconhecíveis como Bimbo ou Pascual.

Como reconheceu há alguns dias o presidente desta última, Tomás Pascual, estas medidas inscrevem-se nas relações habituais entre fabricantes e distribuidores que dão prioridade ao fornecimento dos seus produtos de marca própria.