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Nem azeite nem vinho: este é o produto que mais tem subido de preço nos últimos anos, segundo a OCU
O incremento é generalizado e, segundo Kantar, a cesta de compra-a tem-se encarecido um 47% em sozinho quatro anos
Nos últimos anos, a inflação tem-se erigido como uma das maiores ameaças para os bolsos dos espanhóis. Em menos de um lustro produziram-se subidas de preço dramáticas em diversos produtos, com um bico escandaloso no ano 2022, quando a inflação média atingiu o 8,4%, a mais alta desde 1986. Um dos produtos dos que mais se falou tem sido o azeite, mas o ouro líquido não é o que mais se tem encarecido. Esta duvidosa honra corresponde, segundo a OCU, ao açúcar.
Mais especificamente, o preço do açúcar subiu um 66% entre setembro de 2022 e setembro de 2023. A este produto seguem-lhe o leite condensada (61%), as cenouras (56%), as cebollas (40%) e o arroz (36%).
Subida de preço generalizada
Para realizar este estudo, a OCU visitou 1.108 estabelecimentos de 84 correntes de supermercados, obtendo 155.489 preços de uma cesta de compra-a composta por 236 produtos de 16 categorias diferentes.
Ademais, segundo a entidade, nove em cada dez produtos incluídos nas cestas de compra-a aumentaram seu preço com respeito ao ano anterior.
Compra-a, um mais 47% cara que faz quatro anos
Estes dados concordam com umas cifras de Kantar igualmente dramáticas. O preço de uma cesta de compra-a básica elevou-se um 47% num período de quatro anos, segundo as análises desta consultora.
Consequentemente, o número de actos de compra (a cada uma das vezes que o consumidor sai ao súper a adquirir produtos ou o faz on-line) se reduziu.
Aumento da marca branca
"Ante a inflação deste último ano, que tem afectado principalmente aos segmentos da alimentação (11,9%) e as bebidas (8,9%), o consumidor se tentou proteger com a marca do revendedor, impulsionada também pelos próprios retailers. Já supõe a metade da despesa da cesta da compra dos espanhóis", recolhe Kantar.
Por outra parte, o 66% dos consumidores considera o preço o factor determinante à hora de eleger os alimentos e bebidas, enquanto um 34% declara que não se importa tanto o preço como a garantia de que os produtos sejam de qualidade, segundo os dados do relatório Novas tendências numa alimentação saudável elaborado por Aecoc Shopperview.
Os supermercados tentam oferecer promoções
Assim as coisas, as diferentes correntes tentam seguir ganhando quota de mercado num contexto difícil. É evidente que têm subido seus preços, por isso tentam oferecer promoções. Por exemplo, Mercadona anunciou que tinha destinado "um total de 150 milhões de euros para baixar os preços de seus produtos", uma acção que, segundo calcula a corrente de supermercados de Juan Roig, permitirá que o cliente "perceba uma poupança de até 150 euros anuais em sua cesta da compra".
Por sua vez, Lidl defende que em 2023 pôs em marcha uma campanha de baixadas de preços permanente que, depois de várias ampliações, já engloba mais de 800 produtos –mais de 25% de seu actual surtido–, o que teria permitido poupar aos clientes 176 milhões de euros em 2023.
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