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Depois do eslogan 'Directe do camp', BonÀrea vende limões de África do Sul
A corrente de supermercados catalã importa esta fruta típica de Múrcia e Andaluzia de um país situado a mais de 11.000 quilómetros de Espanha
"Andaluzia e Múrcia têm o melhor limão do mundo quanto a qualidade e segurança alimentar", segundo o experiente no sector agroalimentar Francisco Seva. Ademais, a produção deste cítrico em nosso país disparou-se nos últimos anos de 1.100 a 1.600 toneladas.
Por isso, a maioria de supermercados espanhóis, desde Eroski até Alcampo, Dia, Lidl ou O Corte Inglês, entre outros, vendem limões de origem nacional. São maioria, mas não todos.
BonÀrea vende limões de África do Sul
Se um consumidor acerca-se à secção de fruta da corrente de distribuição BonÀrea, cujo eslogan é Directe do camp (direto do campo), surpreender-se-á ao percatarse da origem de seus limões.
Assim é, tal e como tem comprovado este meio, BonÀrea, nem curta nem preguiçosa, importa os limões de África do Sul, um país situado a mais de 11.000 quilómetros de Espanha, passando olimpicamente da proximidade da huerta de Europa (Almería e Múrcia).
O 'greenwashing' de BonÀrea
"Um modelo único no mundo", pode-se ler na página site de BonÀrea, onde a corrente presume de proximidade, garantia de origem e inclusive frescura. "Nosso modelo de integração vertical completa -Directe do camp- permite-nos ser muito eficientes e sustentáveis em todos os processos", prossegue a corrente.
No entanto, quando o consumidor se topa com os limões de África do Sul com o logo de BonÀrea estampado, qualquer tentativa da empresa por vender sustentabilidade fica em isso, em tentativa. Uma tentativa frustrada. Outro caso mais de greenwashing.
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