Por desgraça, em torno da alimentação existem muitos mitos. Internet e as redes sociais têm facilitado que muitos nutricionistas divulguem conteúdo, mas também têm propagado a informação falsa ou inexata. Nem todas as fontes de informação sobre alimentação são confiáveis, e há que tende a acreditar em dietas milagrosas e nas bondades de produtos que no final são tão saudáveis. Ademais, a própria indústria alimentar soube colar algumas ideias no imaginário colectivo.
Agora, os peritos da Entrenosotros, a revista digital de Consum, desmentiram alguns mitos sobre alimentação muito difundidos.
O mito dos alimentos biológicos
Um dos mitos que desmentem estes peritos é o de que os alimentos biológicos são sempre mais saudáveis. A realidade é que não há evidências conclusivas de que, a nível nutricional, sejam melhores que os alimentos normais. O que sim está claro é que não utilizam muitas substâncias químicas, como pesticidas. Contêm menos coisas artificiais, mas isso não os converte numa panaceia.
Ademais, que as explorações sejam biológicas não significa que o meio ambiente se cuide mais. Por exemplo, tal como explicam de um blog do BBVA, nos suínos, o leite e os cereais geram mais gases com efeito de estufa (GEE) por unidade de produto biológico do que os seus equivalentes convencionais.
Os ovos e o colesterol
Outro mito desmentido é o de que o colesterol dos ovos aumenta o colesterol no sangue. A verdade é que os ovos contêm gorduras insaturadas, que podem ser benéficas para a saúde cardíaca.
"Ainda que a maior parte dos alimentos ricos em colesterol costumam ser também ricos em gorduras saturadas, o ovo não o é. Um ovo de tamanho meio contém uns 200 mg de colesterol, mas tem mais gorduras insaturadas, benéficas para a saúde, que saturadas e só 70 kcal", informam da Fundação de Hipercolesterolemia Familiar.
A quantidade de proteínas e hidratos de carbono necessários
Cada vez são mais os alimentos que se anunciam como ricos em proteínas, como se isso fosse algo bom per se . Isto se deve ao auge das dietas proteicas para pessoas que realizam muito esforço físico. A verdade é que, no Occidente, os consumidores tomam mais proteínas do que as necessárias.
Por outro lado, não é sensato pensar que os hidratos de carbono são maus. São uma fonte importante de energia e o segredo está em escolher os hidratos de carbono complexos, ou seja, aqueles que são constituídos por cadeias longas e complexas de moléculas de açúcar, pelo que a sua absorção é lenta.
O pão, bom ou mau
Entrenosotros também aborda a questão do pão. "Comer p\ao em quantidades moderadas como parte de uma dieta equilibrada não necessariamente conduz ao aumento de peso", lembram.
Isso sim, é possível que pára determinados consumidores seja mais interessante comer um pão integral que um pão branco tradicional.