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Cinco formas de identificar a honestidade de um alimento embalado através das faixas

Os produtos frescos deveriam predominar em nossa cesta de compra-a. Não obstante, há alimentos embalados que são opções válidas. Neste pós aprenderás a distinguir a qualidade nutricional dos alimentos embalados sejam ou não ultraprocesados

O dietista e nutricionista Juan Revenga dá conselhos dietéticos / CG PHOTO SHOTING
O dietista e nutricionista Juan Revenga dá conselhos dietéticos / CG PHOTO SHOTING

O merecido estigma dos produtos ultraprocesados e a, igualmente merecida, boa imagem dos alimentos frescos, podem fazer-nos cair no erro de pensar que todos os alimentos que se comercialicen embalados são uma má opção. Assim, ainda considerando como válida e afortunada a frase "mais mercado e menos supermercado", esta sentença merece contextualizar a actual oferta de alimentos e considerar que existem não poucas opções perfeitamente válidas desde o ponto de vista da saúde que se comercializam embaladas e que, tipicamente, encontraremos nos supermercados.

Para isso, convém ter em conta uma classificação, não oficial, que ordena aos diferentes alimentos e produtos alimentares no que se conhece como as "faixas alimentares".

Alimentos da primeira faixa

Esta faixa faz referência àqueles alimentos que nunca têm sido submetidos a um tratamento térmico para garantir ou assegurar sua conservação. Na maior parte dos casos estão constituídos por um sozinho ingrediente e, em ocasiões, oferecem-se como misturas (sempre em cruas) de um número variável de ingredientes. Outra das características dos alimentos da primeira faixa é que, ainda que se apresentam embalados, também não usarão o que se conhece como "atmosferas controladas" nas que se modifica a proporção dos gases do ar e que sim é uma característica de outras faixas.

Os exemplos mais imediatos desta faixa seria a de qualquer produto fresco de carne , pescado, os próprios ovos frescos, as frutas, hortaliças que podem se comercializar sem embalagem (no talho, pescadería, frutería, etcétera), mas também embalados (sempre que não tenha uma modificação da atmosfera dessa embalagem). Mas também pertencem a esta faixa, os arrozes e os legumes (em cru, claro está) que se costumam comercializar embalados, bem como as frutas e hortaliças troceadas. É necessário mencionar que os lacticínios fermentados (yogur e queijo básicos), bem como as salazones também pertencem a esta faixa.

Alimentos da segunda faixa

Pertencem à segunda de alimentos aqueles produtos que sempre se comercializam em embalagens herméticas (botes de cristal, sobres de plástico ou batas) e que, ademais, têm sido objeto previamente de algum tratamento térmico. É o caso do que popularmente se conhecem como conservas (quando o tratamento térmico tem sido intenso e acima dos 100º C) e as semiconservas (quando as temperaturas aplicadas oscilam entre os 65 e 85º C). Na imensa maioria dos casos trata-se de opções honestas, nutricionalmente falando, já que costumam estar compostas por uns poucos ingredientes perfeitamente identificáveis.

São exemplos desta faixa conserva-las e semiconservas de pescado , os produtos ahumados embalados, conserva-las de legumes e verduras, bem como suas misturas. Constituem um recomendável "fundo de armário" -nunca melhor dito- que deveriam estar presentes em qualquer despensa saudável que se aprecie do ser. Advertência: as semiconservas e os ahumados, como as batas de anchoas em azeite e o salmón respectivamente precisam, ademais, se conservar em condições de referigeração.

Alimentos da terceira faixa

Muito fáceis de identificar, são aqueles alimentos ou produtos que se comercializam em condições de congelamento já seja desde uma matéria prima crua ou elaborada. Conquanto, em ocasiões, podem-se adquirir a granel, o mais habitual é que se comercialicen em embalagens (carteiras, blísteres ou caixas de cartón). Ainda que são muito fáceis de identificar, seu valor nutricional pode oscilar de um extremo a outro. Conquanto, por exemplo, os produtos frescos congelados como as verduras, hortaliças, o pescado (ou, em alguns casos, apresentações de marisco cocido) não oferecem nenhuma cola desde o ponto de vista nutricional, nesta faixa também nos podemos encontrar com o pior da oferta de ultraprocesados com massas, rebozados e receitas nos que os ingredientes são dificilmente identificáveis.

Ao final, que a forma de apresentação seja a de estar congelado não converte ao produto em bom ou mau per se. Há congelados honestos e congelados dos que há que fugir já que muita da oferta de ultraprocesados se oferece baixo esta forma de apresentação... sem ir mais longe, os gelados industriais.

Alimentos da quarta faixa

A quarta faixa é irmã da primeira já que ambas referem a alimentos crus, mas nesta ocasião a atmosfera sempre estará modificada alterando a proporção de gases ou controlada, por exemplo, ao vazio. Isto é, este é o vivo exemplo de alimentos que sempre se vão apresentar embalados e com os que as probabilidades de acertar (baixo o ponto de vista de fazer uma boa eleição de saúde) sempre serão altas.

Podem ser produtos vegetais ou de carne ou pescado -recorda, sempre crus- e um dos exemplos mais claros são as típicas carteiras de "mézclum" de salada, ainda que também é a cada vez mais frequente se encontrar produtos animais baixo esta apresentação.

Alimentos da quinta faixa

Seriam aquelas preparações culinarias já elaboradas, cozinhadas e embaladas ao vazio que se encontram prontas para consumir. É uma categoria que reúne características da segunda faixa (mas que neste caso se apresentam em forma de "receita" ou "plato") e a quarta por estar ao vazio. Assim, diferentes tipos de paella, guisos de legumes do tipo fabada ou similares, bem como uns canelones, umas albóndigas ou uns chipirones em sua tinta seriam exemplos desta faixa. Para conceder-lhes uma maior ou menor recomendação é necessário ler a lista de ingredientes porque neste caso poderemos encontrar receitas honestas, similares às que qualquer faria em sua casa, e outras completamente prescindibles, quando incorporem ingredientes que dificilmente encontraríamos em nossas cozinhas.

É necessário mencionar que, nesta faixa, encontraremos uma verdadeira oferta que se apresente esterilizada e sobre a que não há que observar condições especiais de conservação, mas assim mesmo também é habitual encontrar produtos pasteurizados cuja data de consumo preferente seja relativamente curta e que ademais terá que conservar baixo referigeração.

Em resumo

Seria um erro atribuir ou negar a adequação nutricional de um produto em função de que esteja embalado ou não, achando que qualquer produto embalado é um ultraprocesado, quando não é assim. Conquanto uma alimentação baseada em produtos frescos, sem envasar, são uma verdadeira garantia de estar a fazer boas eleições, o facto de que nossas eleições estejam embaladas, não é sinônimo do estar a fazer mau.

Falando das faixas, a eleição de alimentos pertencentes à primeira, segunda e quarta oferece bastantees garantias de estar a fazer eleições adequadas; mais que nada porque implicam também uma verdadeira dedicação culinaria que, como já vimos está associada a melhores hábitos dietéticos. Ademais, e como se viu, também a terça e quinta faixas podem oferecer opções compatíveis com as boas eleições pese a estar sempre embaladas.

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