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Alerta sanitária: ordenam retirar este pescado procedente de Marrocos por conter anisakis

As autoridades pesquisam se outros lotes poderiam ter eludido os controles e chegado aos consumidores

Ana Carrasco González

Varias cesta con pescado EP

A segurança alimentar em Espanha tem entrado em estado de alerta depois da detecção de anisakis num lote de pescado procedente de Marrocos. A União Européia, através do Sistema de Alerta Rápida para Alimentos e Pensos (Rasff), tem emitido uma notificação de alerta sanitária "grave" e tem ordenado a retirada imediata do produto do mercado espanhol.

O produto afectado, identificado como huevas de merluza, foi interceptado num controle fronteiriço, evitando assim sua distribuição e venda no país. Ainda que o alimento contaminado tem sido retirado, as autoridades estão a pesquisar se outros lotes poderiam ter eludido os controles e chegado aos consumidores.

Que é o anisakis?

O anisakis é um parasita que se encontra comumente no pescado e pode causar a doença conhecida como anisakiasis se se consome o pescado cru ou pouco cocido. Os sintomas da anisakiasis incluem dor abdominal intenso, náuseas, vómitos e, em alguns casos, reacções alérgicas graves.

Pescado cru numa pescadería, que pode conter anisakis / FREEPIK - @drobotdean

A legislação da União Européia e de Espanha exige que os produtos pesqueiros não contenham parasitas visíveis no momento da venda e que o pescado destinado a ser consumido cru tenha sido congelado previamente para eliminar qualquer parasita potencial.

Medidas preventivas

As autoridades sanitárias têm reiterado a importância das medidas preventivas para evitar a anisakiasis. Entre elas, destacam a necessidade de cozinhar o pescado a uma temperatura mínima de 60°C ou o congelar a -20°C durante ao menos 48 horas dantes de seu consumo.

Ademais, os estabelecimentos que vendem ou servem pescado cru devem informar aos consumidores sobre o tratamento de congelamento aplicado.

A relevância dos controles fronteiriços

Este incidente tem posto de manifesto a relevância dos controles fronteiriços e a vigilância constante dos produtos alimentares importados. A rápida actuação das autoridades tem evitado que o pescado contaminado chegasse aos consumidores, mas também tem gerado preocupação sobre a possibilidade de que outros produtos contaminados possam estar em circulação.

As autoridades continuam sua investigação para assegurar que todos os produtos afectados sejam retirados e para implementar medidas que previnam futuros incidentes. A colaboração entre os países membros da UE e a transparência na comunicação são essenciais para manter a confiança dos consumidores na corrente alimentar.