Em 2017, o 93% das gallinas malvivían enjauladas em Espanha. Hoje, esta percentagem reduziu-se até o 67%, mas ainda estamos bem longe da média européia (40%).
No caminho inevitável para um maior bem-estar animal destas aves ponedoras, as empresas jogam um papel fundamental. A maioria de correntes de supermercados puseram-se as pilhas comprometendo-se a deixar de vender ovos procedentes de gallinas que vivem hacinadas em jaulas e publicam seus progressos. Algumas, inclusive, já os eliminaram de seus estanterías. Outras, no entanto, não informam sobre sua situação. Um silêncio que as situa à bicha do bem-estar animal.
Os ovos de gallinas enjauladas de Bonpreu
"Bonpreu comprometeu-se faz anos a deixar de vender ovos de gallinas enjauladas, mas insistimos-lhes e não têm voltado a comunicar nada", expõe a Consumidor Global a coordenadora de incidência corporativa de Igualdade Animal Mónica Arias.
A falta de informação, a crua realidade de Bonpreu assoma em seus lineares, onde até nove referências de seus ovos de marca própria são de gallinas enjauladas.
Um silêncio inaceitável
Por que Bonpreu não informa publicamente de seus avanços, ou a falta deles, em matéria de bem-estar animal? Que foi da transparência? "É importante que as empresas permitam que os consumidores possam aceder a esta informação de responsabilidade social corporativa", insiste a experiente de Igualdade Animal.
As empresas têm a responsabilidade de ser transparentes em suas práticas. "Este silêncio, como o de supermercados Dia, Uvesco e Makro, é inaceitável", critica Arias.
Alternativas respeitosas
Por sorte, os consumidores podem decantarse por alternativas respeitosas com o bem-estar animal. Nesta linha, O Corte Inglês, Aldi, Marks&Spencer, Carrefour, Lidl e Ahorramas já têm eliminado os ovos de gallinas enjauladas de seus estanterías.
Porque o maltrato animal não tem cabida (ou não deveria) em pleno século XXI.